Do Facebook a Meta: tudo o que você precisa saber

Mark Zuckerberg anuncia nova fase no Facebook e mergulha no futurístico metaverso e na realidade virtual
Nos últimos meses, rumores sobre um possível rebranding do Facebook encheram as redes sociais de especulações sobre um novo nome e o que estaria por trás da mudança na identidade corporativa da empresa.
Na quinta-feira, 28 de outubro, no âmbito do evento Facebook Connect 2021, Mark Zuckerberg finalmente oficializou a mudança. Com o nome Meta, inicia-se uma nova fase na multinacional americana, que manterá sua família de aplicativos - incluindo o Facebook -, mas com foco em um novo ramo de negócio que desenvolverá plataformas de realidade virtual.

O que é a Meta?
As primeiras pistas sobre o novo caminho do Facebook começaram a surgir em julho deste ano, quando Zuckerberg se referiu ao metaverso como a próxima grande fronteira da empresa e do mundo virtual em geral.
Como Meta, o Facebook mantém sua missão de conectar as pessoas entre si, mas quer ir além, criando experiências imersivas onde as conexões podem ter o mesmo grau de presença que na realidade física.
Com este rebranding, a empresa pretende associar-se ao conceito de metaverso como uma futura realidade virtual, que transcende a experiência que todos conhecemos hoje com as redes sociais.

O metaverso: a próxima fronteira
O fato de que vivemos saltitando entre telas é inegável. Muito do que fazemos no dia a dia, do trabalho ao entretenimento, acontece nelas, tornando-as uma extensão do mundo real.
Interagimos com outras pessoas por meio de texto, fotos e vídeo mas, mesmo que o façamos constantemente (e às vezes de forma obsessiva), muitas dessas interações são limitadas a um sentido visual.
Com o metaverso, pretende-se criar uma experiência envolvente, onde a ligação e interação com outras pessoas emula o grau de presença que caracteriza a realidade.
Nossos gestos físicos, linguagem corporal e até objetos podem ser transferidos para um plano virtual onde será possível participar da mesma forma que fazemos no dia a dia.

Durante o evento, Zuckerberg mencionou que o metaverso quer criar ambientes virtuais que cumpram o objetivo do encontro, algo que até agora só é possível no mundo real.
Com esta incursão na realidade virtual, a empresa pretende possibilitar o encontro entre amigos, familiares ou colegas, de uma forma que recrie a realidade e possibilite um sentimento de ligação autêntica.
Em que consistirá o metaverso da Meta?
Até agora, a empresa projetou três espaços virtuais, nos quais as pessoas podem interagir: Horizon Home, Horizon Worlds e Horizon Workrooms.
Horizon Home
No Horizon Home temos a possibilidade de desenhar um espaço pessoal ao nosso gosto. De certa forma, este será o primeiro lugar onde as pessoas entrarão para acessar o metaverso.
Com a possibilidade de criar um avatar fotorrealístico ou fantástico e ter um guarda-roupa virtual, este primeiro ponto procura ser uma casa virtual para os usuários.

Horizon Worlds
Com o objetivo de proporcionar experiências que dificilmente poderiam ser vividas na realidade física, o Horizon Worlds, convida as pessoas a construir mundos virtuais e a partilhá-los com os seus amigos.

Horizon Workrooms
Através do Horizon Workrooms pretende-se criar um espaço de encontro entre pessoas que trabalham remotamente, possibilitando o trabalho colaborativo e criando a sensação de encontro.

Características do metaverso
Além destes três espaços virtuais, durante a apresentação foram destacadas as características que irão diferenciar o metaverso de outras experiências virtuais.
Entre elas destacamos:
Presença
Como mencionamos anteriormente, o principal diferenciador do metaverso será a experiência imersiva. Com isso, pretende-se emular a forma como interagimos na realidade física com os outros, desde os gestos do nosso corpo às expressões faciais que nos caracterizam.
Avatares
No metaverso, os avatares serão a forma como nos apresentamos ao mundo. Haverá avatares com características fotorrealistas que imitam fielmente as nossas características físicas, ou avatares com características fantásticas, transformando-nos numa personagem ao nosso gosto.

Casa virtual
Cada utilizador terá um espaço privado que poderá desenhar ao seu gosto e que se tornará o ponto de partida para entrar noutras experiências virtuais. E, como em sua casa, você pode convidar amigos e familiares para reuniões ou festas.
Teletransporte
Semelhante a quando você clica em um link para ir para outra página, o metaverso nos permite teletransportar para outros mundos virtuais, navegando por espaços de jogos, casas, trabalho, shows e outros espaços virtuais.
Bens virtuais
Qualquer conteúdo ou objeto que pode ser digitalizado pode fazer parte do metaverso. Fotos, arte, música, livros e jogos serão objetos que você poderá ter em seu espaço virtual.

Hardware para entrar no metaverso
Além do acima exposto, a questão central de toda a proposta da Meta é o hardware que os usuários precisarão para acessar o metaverso.
O Facebook já desenvolveu colaborações com marcas como Ray Ban para introduzir no mercado óculos inteligentes que permitem tirar fotos, gravar vídeos, ouvir música e receber ligações.
No entanto, entre seus planos mais ambiciosos estão o projeto Cambria e o projeto Nazareth.

Atualmente em desenvolvimento, o projeto Cambria será um headset de Realidade Virtual que permitirá a emulação das expressões faciais e da linguagem corporal dos usuários, com o objetivo de alcançar uma experiência imersiva e natural com outras pessoas.
Por outro lado, o projeto Nazareth consistirá em óculos de realidade aumentada que permitem às pessoas aceder a mundos virtuais de qualquer lugar sem a necessidade de utilizar o headset de VR.

Passados 17 anos (e muitas polêmicas), o Facebook fica em segundo plano, e Zuckerberg inicia uma nova etapa na empresa: o metaverso. Vai funcionar? Compartilhe seus comentários sobre o assunto!
Versão em português de @sergiofelizardo.
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1 comentário
amorcombossa
Plussensacional!